sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A Arte da Arte Marcial e os Sentimentos Corporais



Nosso corpo pode se manifestar de diversas maneiras diante de nossa realidade, seja por meio do trabalho, do amor, do sexo, de ações em geral e da arte.
Ao passo que analisamos a natureza e nos sentimos transformados diante de suas exuberâncias, já podemos dizer que estamos trabalhando. Para isso, é imprescindível que realizemos forças com o corpo humano.
As ferramentas, armas e máquinas nada mais são do que ampliações do poder do corpo, assim como um computador é o prolongamento de nosso cérebro, um martelo ou uma espada são o prolongamento de nossos punhos fechado.

No entanto, a forma do objeto que usamos entrelaçada com o nosso projeto de trabalho, formam uma referência a respeito do seu agir sobre o mundo. Pois um instrumento é utilizado de acordo com aquilo que conferimos: uma Lança para um caçador neolítico, não significa a mesma Lança a um atleta de Kung Fu.
Numa atividade física, a integração do sujeito com seu corpo, se torna ainda mais clara. Diferente do clichê de que exercícios promovem apenas treinamento muscular, momento de descontração e condição de equilíbrio fisiológico, um treinamento esportiva é o apelo ao aperfeiçoamento incessante, pondo em função o esforço do esportista.
Realizando movimentos físicos, abrimos uma condição essencial ao Kung Fu, pois a combinação exata de um movimento, com uma intenção que lhe propõe, transmite o tal do espírito. Ter ‘’espírito’’ é simplesmente uma produção artística, posto que arte é a realização de uma habilidade naturalmente fluente.

A arte nas artes marciais é um caso privilegiado de entendimento intuitivo do mundo, tanto para seu realizador, quanto para seu apreciador, pois com a biomecânica corporal temos que ser capazes de transmitir sentimentos.
Para que se transmita sentimento, é preciso ter emoção, ou seja, um estado psicológico que envolve agitação afetiva que te levará a uma reação cognitiva de reconhecimentos de certas estruturas do mundo.
Por tanto para quem ainda considera o Kung Fu apenas mais uma atividade física, ainda não se descobriu como artista marcial, e ainda não reconhece que o mundo está em suas mãos e basta um olhar íntimo dessa realidade para transmitirmos sentimentos que só reconhecemos em quem realmente conhece a arte.

Sandro Conte Febras


Referências:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda ET al - Filosofando, Introdução a Filosofia - Moderna, São Paulo, 2003
PROENÇA, Graça - História da Arte - Editora Ática, São Paulo, 2004

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ah, o estresse!!

Olá pessoal!!!

Me desculpem pelo pequeno abandono que tivemos no nosso blog, mas estamos de volta e esperamos conseguir postar mais daqui pra frente, afinal, sempre temos um retorno muito bom por parte dos leitores =)

Hoje eu gostaria de falar de um tema muito conhecido da maioria de nós e presente na vida, quem sabe, de quase todos: o estresse!!

O estresse em si não é algo ruim. Na verdade, ele é um estímulo de nosso organismo para nossa própria defesa contra situações adversas das quais tenhamos que reagir.

O problema é que atualmente, com a quantidade dessas situações e pela grande demanda de informações com que temos que lidar, ele tem se tornando muito frequente, podendo em muitos casos, tornar-se crônico.

O estresse pode ser um aliado no desempenho de atividades como competições esportivas, situações de perigo, entre outras, proporcionando um aumento da capacidade física, raciocínio, memória e concentração através de alterações em todo o organismo. Entretanto, se o estresse se torna persistente todo esse aparato biológico pode ser danificado. (Boa Saúde)
Acredita-se que a liberação do hormônio do estresse, o cortisol, possa diminuir a secreção do "hormônio da felicidade" a serotonina, causando diminuição da sensação de prazer e realização.

Apesar do estresse aparentemente não reduzir a oxigenação no cérebro ou a força dos músculos, é mais difícil praticar exercícios físicos quando o cérebro está cansado de tanto pensar. Resultados de um estudo publicado no Journal of Applied Physiology sugerem que a percepção de cansaço físico é maior nessas condições, pois é como se o cérebro recusasse o esforço adicional de ter de coordenar o corpo.
Segundo os pesquisadores, é possível que o cansaço mental diminua os níveis de dopamina no cérebro, neurotransmissor relacionado à motivação e ao esforço.

Talvez por isso, o que acontece frequentemente é que a pessoa estressada exclui a atividade física da sua vida antes de excluir qualquer outro fator que possa causar algum estresse, o que com certeza não é a melhor coisa a se fazer.
Praticar atividades físicas traz sensação de bem estar e pode ser de grande ajuda pra quem se encontra no meio dessa loucura do dia-a-dia!!
O exercício físico contribui na liberação de endorfina, o hormônio que proporciona aquela sensação de prazer e euforia enquanto o exercício é feito. Também ativa a serotonina e a dopamina, outros dois neurotransmissores que geralmente estão em quantidades alteradas no indivíduo estressado (Fábio Bergamo).

Se o estresse está atrapalhando a qualidade dos seus treinos, está fazendo você engordar (e consequentemente, atrapalhando a qualidade dos seus treinos), entre outras coisas, repense! Reveja o que está realmente causando um nível de estresse tão alto em sua vida e procure alguma forma de driblar esse grande vilão dos nossos tempos!



Escute música, tenha mais tempo para o lazer, cultive suas amizades e suas relações familiares, procure técnicas de relaxamento e não deixe de pedir ajuda para as pessoas de sua confiança, ou até mesmo ajuda profissional, se for necessário.










Nesse link você encontra um teste para medir seu nível de estresse
http://www.saudeemmovimento.com.br/saude/estresse.htm

E então, está na hora de fazer alguma mudança no seu estilo de vida?

Obs.: Esse post surgiu por necessidades pessoais, hehe..

Valeu, pessoal!!
Beijos